"No documentário estou eu no meu lado mais interessante, o profissional. É um retrato fiel do que fui e do que sou hoje. Quem está ali, sem rodeios, sou eu", disse o cantos, depois de ser apresentado um pequeno excerto do programa, que recolhe depoimentos dos pais, de Carlos Tê, de João Gil e Mariza..Recusando o rótulo de ser um dos principais nomes da canção nacional, Rui Veloso, refere que não se considera, "nem de longe nem de perto", um grande artista. ."Sou sim um artista popular, com algum jeito. Tive sorte. Tive sorte em ter estes pais. Tive sorte em encontrar o Carlos Tê. Tive sorte em ter grandes amigos", salienta, ao mesmo tempo que brinca, garantindo estar "quase doente" por não subir ao palco há dois meses..A escolha do cantor português para o mais recente programa do canal temático não foi, segundo Aurora Esteban, directora de programação do BIO, aleatória, devendo-se sim ao facto "do Rui ter mostrado que se podia cantar rock em português", o que o torna uma das "personalidades mais importantes da música em Portugal"..Opinião semelhante é partilhada por Rui Pinto de Almeida, realizador do documentário, que se confessa "um ouvinte do Rui há 30 anos" e admite que a admiração era tal, que o primeiro vinil que comprou foi um disco de Rui Veloso.."O elenco que fomos seleccionando teve a ver com as mudanças de rumo que o Rui foi experimentando", explicou Pinto de Almeida sobre o documentário de 50 minutos que realizou..A biografia, que assinala os 30 anos de carreira do autor de "Chico Fininho", será exibida no BIO dia 24 de Abril, às 22:00, sendo repetida no dia seguinte, às 04:00, 10:00 e 16:00.